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domingo, 15 de junho de 2014

Como tudo entre nós

Foto: Wagner Pereira

A noite caiu e estou só,
Bebo o vinho rubro, 
já se foi meia garrafa,
A TV é minha companhia silenciosa
A garoa fina da Metrópole é uma sinfonia aos meus ouvidos,
  
A solidão conversa comigo,
Apenas reflito...  
Não chego a conclusão alguma,
Busco olhar as fotos que enviou,

Tomo mais um gole de vinho,

A mente atormenta
“porque desistiu tão fácil?”
Nunca saberei a resposta
Não sabia sequer dessa sua pergunta...
  
A noite é cruel,
Agora deve estar nos braços que não os meus
Em seu mundo, sua vida, com suas escolhas
Talvez possamos estar juntos em breve...
Será único como tudo entre nós...

 Outro gole,

Busco anestesiar a mente
Meu coração já não me pertence mais...
Aguardo seu chamado...
A noite silenciosa penetra na alma

Outro gole,

Seu rosto surge,
Vejo cada detalhe de ti,
O gosto do seu beijo arde em minha boca
Queria que estivesse aqui...

A noite se torna minha única companheira,
Me cobra atenção,
Não é o vinho que me entorpece,
Mas sim a saudade de ti

Mais um gole,

Não quero para de te escrever,
A noite me quer só para ela...
Sinto você por perto,
Me erradio de felicidade,

Busco você na escuridão,
É a noite me seduzindo
Me enganando
Me confundindo,

 A garrafa se esvazia,

Sinto seu perfume,
Na verdade era o cheiro das flores
Do jardim que nunca existiu
Não importa, serás sempre 
A mais bela te todas as flores que já existiu




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